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Eucalipto destrona pinheiro bravo como primeira espécie da floresta portuguesa

 

Pela primeira vez, o eucalipto é a principal espécie da floresta portuguesa, destronando o pinheiro bravo, dominador durante uma vasta era. Segundo a versão preliminar do Inventário Florestal de 2010, publicada hoje no Público, os problemas da indústria do pinho agravaram-se, mas a produção de eucalipto continua insuficiente para a pasta e o papel.
Para além dos incêndios, pragas como o nemátodo e a falta de gestão são os principais argumentos que levam o pinhal português a estar em perda desde meados dos anos 90. Entre 1995 e 2010, a área ocupada pelos pinheiros bravos reduziu-se em 13%.
No mesmo período, os eucaliptos cresceram 16%, ocupando actualmente 750 hectares do território português, contra cerca de 600 mil do pinheiro bravo.
Por outro lado, 54% da área do pinheiro manso corresponde à plantação de cerca de 12 mil hectares neste período. A explicação destes factos reside na valorização do pinhão.
Num ecossistema com níveis de precipitação superiores a 800 milímetros por ano, um hectare de eucalipto pode render ao fim de dez anos cerca de €4.000. No pinhal, são precisos 35 anos até que se possa aproveitar madeira de qualidade para mobiliário, por exemplo.

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